Cultura Surda
É tarefa difícil definir cultura surda. Podemos vislumbrar um conceito como um movimento social, formado a partir de uma minoria linguística, que está em oposição à cultura e ideologia dominantes. Os surdos procuram conviver harmoniosamente com grandes diferenças, dentre elas a mais marcante, a linguística. Esta comunidade está sempre procurando fazer valer os seus direitos políticos e sociais, lutando contra o estigma, o estereótipo, a deficiência, o preconceito, e o poder do ouvintismo.
O que poderia ser um caminho por parte da nossa sociedade predominantemente ouvinte seria o amadurecimento da consciência de que a diversidade é fator contribuinte e não ameaça a cultura de um povo; aprender a respeitar a cultura surda como parte integrante de nossa cultura coletiva, e, consecutivamente; o reconhecimento e a valorização da identidade cultural surda como uma ferramenta apta a contribuir para o desenvolvimento de nossa cultura global.
Vivemos no século 21, portanto é conveniente que adotemos uma nova perspectiva em relação a um futuro cada vez mais próximo. E uma nova perspectiva implica preencher um espaço que outrora fora habitado por uma concepção concordante com a mentalidade vigente da época, mas que atualmente torna-se ultrapassada e não deve mais se sustentar, em seus alicerces ruinosos que não mais se alinham à superfície das novas descobertas.
Dentre as características mais marcantes da cultura surda, além da língua, temos astecnologias (TDD, aparelho auditivo, implante coclear, Closed Caption, alerta luminoso ou vibratório em telefones e campainhas) e os artefatos culturais (poesia, contos surdos) que muito traduzem a visão que o surdo tem do mundo e como pode contribuir com ele.
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