Nenhuma outra ocorrência na história da educação de surdos teve um grande impacto nas vidas e na educação dos povos surdos. Houve a tentativa de fazer da língua de sinais em extinção.
Em 6 até 11 de setembro de 1880, houve um congresso internacional de educadores surdos em cidade de Milão na Itália. Neste congresso, foi feita uma votação proibindo oficialmente a língua dos sinais na educação de surdos.
Este congresso foi organizado, patrocinado e conduzido por muitos especialistas ouvintistas, todos defensores do oralismo puro. Do total de 164 delegados, 56 eram oralistas franceses e 66 eram oralistas italianos; assim, havia 74% de oralistas da França e da Itália. Alexander Grahan Bell teve grande influência neste congresso.
Os únicos países contra à proibição eram os Estados Unidos e Grã-Bretanha, haviam professores surdos também, mas as suas ‘vozes’ não foram ouvidas e excluídas de seus direitos de votarem.
Obviamente vocês já perceberam que a causa do oralismo puro já era vitoriosa, por causa do número de presentes ouvintistas: assim demonstrou-se que o triunfo do oralismo puro já estava determinado antes mesmo de o congresso iniciar.
O que aconteceu depois?
Após o congresso, a maioria dos países adotou rapidamente o método oral nas escolas para surdos, proibindo oficialmente a língua de sinais, decaiu muito o número de surdos envolvidos na educação de surdos. Em 1960, nos Estados Unidos, eram somente 12% os professores surdos como o resto do mundo.
Em conseqüência disto, a qualidade da educação dos surdos diminuiu e as crianças surdas saíam das escolas com qualificações inferiores e habilidades sociais limitadas.
Ali começou uma longa e sofrida batalha do povo surdo para defender o seu direito lingüístico cultural, s associações dos surdos se uniram mais, os povos surdos que lutam para evitar a extinção das suas línguas de sinais.
Fonte: UFSC
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