quinta-feira, 21 de abril de 2016

A importância da libras na construção da sexualidade da pessoa com surdez

A importância da libras na construção da sexualidade da pessoa com surdez
Introdução
As informações que os deficientes auditivos possuem sobre a sexualidade são escassas, contribuindo para uma não prevenção de doenças sexualmente transmissíveis ou gravidezes indesejadas, tendo a família e a escola como principais esclarecedores no processo de construção da sexualidade. Esta envolve sentimentos e experiências estando associada aos aspectos biológicos, inclui não somente o genital como também as atividades afetivas, as formas de sentir, de gostar, de amar englobando todo o comportamento do ser humano (CRUZ & OLIVEIRA, 2002).
É perceptível que o surdo assimila as informações do ouvinte não conhecedor da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como um estrangeiro, ele tem que interpretar o diálogo de acordo com o contexto vivenciado e nesta tentativa de interpretar a informação cometem erros na interpretação, perdem tópicos importantes da comunicação; os ouvintes por sua vez tentam através de mímicas ou gestos expressar a informação. As primeiras informações que circundam a sexualidade são dadas através do convívio social, da troca de informações cotidianas, no ambiente familiar e escolar a priori, sendo de alta relevância a maneira pela qual se introjetam os valores, normas e os papéis sociais que surgem no decorrer da sexualidade, pois é por meio da comunicação e do diálogo que o conjunto de significados orientará todo o comportamento sexual do indivíduo. A interação se dará principalmente fazendo uso da LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais, com esta a comunicação com os surdos será efetiva e assimilada completamente.
Nota-se que, como qualquer ser humano o surdo também possui sexualidade: paquera, conquista, namora, beija, tem relação sexual, convive, mora junto, casa, tem filhos, etc.; como outro surdo ou como um ouvinte qualquer. O surdo que é membro de uma comunidade surda busca por seus direitos e por uma educação básica e superior; debate e procura estar atualizado sobre os acontecimentos da sociedade, ou seja, possui informações e troca de experiências diversas sobre a sua prática no que toca a um ser social.
A sexualidade propriamente dita tem seu inicio na adolescência. Segundo Vitiello (1997), o que ocorre nesta fase é determinante na caracterização do novo adulto, influenciando na estrutura da personalidade, nas aquisições comportamentais, nos valores e novos papéis sociais. Assim sendo, a sexualidade vinculada ou não a adolescência vem sendo um dos assuntos mais estudados, seja por abranger aspectos sociais e sexuais, seja por trazer em relevo as relações interpessoais. E isto não é diferente com os jovens surdos apesar de possuir cultura diferente comparada a cultura do ouvinte.
Como defende o MEC (2006) a linguagem permite ao ser humano estruturar e expressar o que pensa e sente; a linguagem tanto na forma verbal como em outras formas ainda tem uma posição mister para transmitir conceitos e sentimentos e também fornece elementos para a expansão do conhecimento; estando ela embutida no próprio sistema nervoso humano. Na linguagem existem dois processos: o verbal e o não verbal, um indivíduo a depender das necessidades e de suas limitações irá desenvolver os dois processos ou apenas um, mas todos os indivíduos humanos nascem com a predisposição para a aquisição da fala. A sua principal função é o intercâmbio social.
O presente estudo visa analisar e refletir através de uma pesquisa bibliográfica a importância da LIBRAS na construção da sexualidade do surdo. Vale ressaltar que os tópicos principais descritos neste trabalho merecem estudo mais profundo e cauteloso para que possam corroborar que a pessoa com deficiência auditiva possa ter assegurado o desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura, como qualquer outra pessoa.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO -

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