segunda-feira, 13 de abril de 2015

História dos surdos


A história dos surdos registra os acontecimentos históricos dos surdos, como um grupo que possui uma lingua, uma identidade e uma cultura.
Ao longo das eras, os surdos travaram grandes batalhas pela afirmação da sua identidade: da comunidade, da sua lingua e da sua cultura, até alcançarem o reconhecimento que têm hoje.
Idade Média
No Egito, os surdos eram adorados, como se fossem deuses, serviam de mediadores entre os deuses e os Faraós, sendo temidos e respeitados pela população.
Na época do povo Hebreu, na Lei Hebraica, aparecem pela primeira vez, referências aos surdos conforme registra o livro biblico Leviticos “Não almadiçoarás o surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor” (19:14).
Na antiguidade os chineses lançavam-nos ao mar, os gauleses sacrificavam-os aos deuses Teutates, em Esparta eram lançados do alto dos rochedos. Na Grécia, os surdos eram encarados como seres incompetentes. Aristóteles ensinava que os que nasciam surdos por não possuírem linguagem, não eram capazes de raciocinar. Essa crença comum na época fazia com que, na Grécia os surdos não recebessem educação secular, não tivessem direitos, fossem marginalizados (juntamente com os deficientes mentais e os doentes) e que muitas vezes fossem condenados à morte. No entanto, em 360 A.C., Sócrates, declarou que era aceitável que os surdos se comunicassem com as mãos e o corpo.
Em Constantinopla, as regras para os surdos eram basicamente as mesmas. No entanto, lá os surdos realizavam algumas tarefas, tais como o serviço de corte, como pajens das mulheres, ou como bobos, de entretenimento do sultão.
Mais tarde, Santo Agostinho defendia a ideia de que os pais de filhos surdos estavam pagando por algum pecado que haviam cometido. Acreditava-se que os surdos podiam se comunicar por meio de gestos, que, em equivalência à fala, eram aceites quanto à salvação da alma.
Os cristãos, até à Idade Média, criam que os surdos, diferentemente dos ouvintes, não possuíam uma alma imortal, uma vez que eram incapazes de proferir os sacramentos.
John Beverley, em 700 D.C., ensinou um surdo a falar, pela primeira vez (em que há registo). 
É só aqui, no fim da Idade Média e inicio do renascimento, que saímos da perspectiva religiosa para a perspectiva da razão, em que a deficiência passa a ser analisada sob a ótica médica e científica.
Idade Moderna
Foi na Idade Moderna que se distinguiu, pela primeira vez, surdez de mudez. A expressão surdo-mudo deixou de ser a designação do surdo.
Pedro Ponce de León, um monge católico da ordem dos beneditinos, inicia mundialmente a história dos surdos, tais como a conheceram hoje em dia. Para além de fundar uma escola para surdos, em Madri, ele dedicou grande parte da sua vida a ensinar os filhos surdos, de pessoas nobres, nobres esses que de bom grado lhe encarregavam os filhos, para que pudessem ter privilégios perante a lei (assim, a preocupação geral em educar os surdos, na época, era tão somente económica). 
Juan Pablo Bonet aproveitando o trabalho iniciado por León foi estudioso dos surdos e seu educador. Escreveu sobre as maneiras de ensinar os surdos a ler e a falar, por meio do alfabeto manual. Bonet proibia o uso da línguagem gestual, optando pelo método oral.
Jonh Bulwer, médico inglês, acreditava que a língua gestual deveria possuir um lugar de destaque na educação para os surdos, foi o primeiro a desenvolver um método para se comunicar com os surdos.
John Wallis (1616-1703), educador de surdos e estudiosos da surdez, depois de tentar ensinar vários surdos a falar, desistiu desse método de ensino, dedicando-se mais ao ensino da escrita. George Dalgamo desenvolveu um sistema inovador de dactilologia. Konrah Amman, defensor da leitura labial, já que considerava que a fala era uma dádiva de Deus que fazia com que a pessoa fosse humana (não considerava os surdos que não falavam como humanos). Amman não fazia uso da língua gestual, pois acreditava que os gestos atrofiavam a mente, embora os usasse como método de ensino, para atingir a oralidade.
Charles Michel de L'Épée, nascido em 1712, ensinava numa primeira fase os surdos, por motivos religiosos. Muitos o consideram criador da língua gestual, embora saibamos que a mesma já existia antes dele, L'Épée reconheceu que essa língua realmente existia e que se desenvolvia (embora a não considerasse uma língua como a gramática). As suas principais contribuições foram:
              Criação do Instituto Nacional de Surdos-Mudos, em Paris (primeira escola de surdos do mundo).
              Reconhecimento do surdo como ser humano, por reconhecer a sua língua.
              Adoção do método de educação coletiva.
              Reconhecimento de que ensinar o surdo a falar seria perda de tempo, antes que se devia ensinar-lhe a língua gestual.
Jacob Rodrigues Pereira, educador de surdos que usava gestos, mas sempre defendeu a oralização dos surdos. Nunca publicou nenhum dos seus estudos. Thomas Braidwood fundou uma escola de surdos, em Edimburgo (a primeira escola de correcção da fala da Europa). Samuel Heinicke ensinou vários surdos a falar, criando e definindo o método hoje conhecido como Oralismo.
Roch-Ambroise Cucurron Sicard foi um abade francês, famoso pelo seu trabalho como educador de surdos; Sicard fundou a escola de surdos de Bordéus, em 1782, posteriormente sucedeu a L'Épée, como director do instituto criado pelo mesmo, também apoiou a criação de vários institutos de surdos em todo o país. Pirre Desloges, francês, tornou-se surdo aos 7 anos, devido à varíola, foi defensor da língua gestual, tendo sido autor do primeiro livro publicado por um surdo, onde revelava a sua indignação contra as ideias do Abade Deschamps, que havia publicado um livro que criticava a língua gestual.
Jean Itard, primeiro médico a interessar-se pelo estudo da surdez e das deficiências auditivas, usava os seguintes métodos nas suas pesquisas: cargas elétricas, sangramentos, perfuração de tímpanos, entre outras.
Jean Massieu foi um dos primeiros professores surdos do mundo. Laurent Clerc, surdo francês, educador, acompanhou Thomas Hopkins Gallaudet, educador ouvinte, aos EUA, onde abriram uma escola para surdos, em Abril de 1817, a Escola de Hartford. Gallaudet instituiu nessa escola a Língua Gestual Americana, passou ainda a ser usado o inglês escrito e o alfabeto manual. Em 1830, quando Gallaudet se reformou, já existiam nos Estados Unidos cerca de 30 escolas para surdos.
Edward Miner Gallaudet, filho de Thomas Gallaudet e também educador de surdos, lutou pela elevação do estatuto do Instituto de Colúmbia a colégio. Esse colégio deu origem, em 1857, à Universidade Gallaudet, onde foi presidente por 40 anos.
Nesse interím, Alexander Graham Bell, cientista estadunidense, trabalhava na oralização dos surdos. Casou com uma surda, Mabel. Bell era grande defensor do oralismo e opunha-se à língua gestual e às comunidades de surdos, uma vez que as considerava como um perigo contra a sociedade. Assim sendo, Bell defendia que os surdos não deveriam poder casar entre si e deveriam obrigatoriamente frequentar escolas normais, regulares. No entanto, em 1887 Bell, no Congresso de Milão, admitiu que os surdos deveriam ser oralizados durante um ano, mas se isso não resultasse, então poderiam ser expostos à língua gestual. Esta luta entre o oralismo e a língua gestual continua até aos nossos dias.
Em 1880 nasce Hellen Keller, nos Estados Unidos. Hellen ficou cega e surda aos 19 meses de idade, por causa de uma doença. Aos 7 anos Hellen havia criado cerca de 60 gestos para se comunicar com os familiares. Anne Sulivan, a professora de Hellen, isolou-a do resto da família, conseguindo assim disciplinar e ensinar Hellen. Sullivan ensina a Hellen usando o método de Tadona, que consiste em tocar os lábios e a garganta da pessoa que fala, sendo isso combinado com dactilologia na palma da mão. Hellen aprendeu a ler inglês, francês, alemão, grego e latim, através do braile. Aos 24 anos formou-se, em Radcliffe. Foi sufragista, pacifista e apoiante do planeamento familiar. Fundou o Hellen Keller International, uma organização para prevenir a cegueira. Publicou muitos livros e foi galardoada por Lydon B. Johnson, com a Presidential Medal od Freedoms.
Bébian fundou uma escola privada para surdos, em Paris, onde usava o seu defendido método oralista, sendo proibido aos alunos do Instituto Nacional que contatassem com Bébian, quer dentro quer fora do Instituto.
Em 1829 o Instituto tinha apenas dois professores surdos e apenas alunos do sexo masculino usufruíam de suas aulas, não existiam pessoas surdas no conselho diretivo, no conselho colsultivo, na formação vocacional, nem mesmo entre os monitores. Por estarem cientes destes problemas, alguns professores uniram-se na tentativa de mudar o rumo da situação e surgem então duas frentes ideológicas, de um lado os defensores do método oralista, de outro lado os defensores do gestualismo.
No final de 1830 houve um grande movimento de pessoas surdas, que mexeu com as bases do instituto. Ferdinad Berthier, líder de uma delegação de surdos, escreveu ao Rei Luís Filipe, de França, pedindo a readmissão de Bébian na direção do Instituto - o que chocou de tal modo a administração do Instituto que apenas aumentou as lutas e os desentendimentos de adeptos oralistas e gestualistas, que entraram em ruptura.
Neste época, quase todas as escolas de surdos da França usavam os métodos de Bébian na educação dos surdos e criticavam as posições do Instituto.
Em 1834, um comité de dez membros surdos liderados por Berthier organizou um banquete em honra do Abade de L'Épée, banquete esse que se tornou um evento anual, usado pelos surdos como fórum a fim de publicitar as suas ideias e exigências. Nascia assim o Movimento Surdo, numa época em que pessoas surdas tomavam conta de suas vidas e tomavam consciência do que os rodeava, lutando por seus direitos e resolvendo seus próprios problemas. Com o tempo, estes banquetes tornaram-se festivais de Língua Gestual.
Em 1838 foi fundada a Sociedade Central de Assistência e Educação de SurdosMudos, a primeira associação de surdos do mundo.
Metodos gestualismo e oralismo
Antes do Congresso de Milão, na Europa, durante o século XVIII, surgiam duas tendências distintas na educação dos surdos: o gestualismo (ou método francês) e o oralismo (ou método alemão). A grande maioria dos surdos defendia o gestualismo enquanto que apenas os ouvintes apoiavam o oralismo - por exemplo Bell, nos EUA, fazia campanha a favor deste método, entre muitos outros professores, médicos, etc.
Em 1872, no Congresso de Vezena, decidiu-se o seguinte:
              O meio humano para a comunicação do pensamento é a língua oral
              Se orientados, os surdos lêem os lábios e falam
              A língua oral tem vantagens para o desenvolvimento do intelecto, da
moral e da linguística
O Congresso de Milão, em 1880, foi um momento obscuro na história dos surdos, uma vez que lá um grupo de ouvintes, tomou a decisão de excluir a língua gestual do ensino de surdos, substituindo-a pelo oralismo (o comité do congresso era unicamente constituído por ouvintes). Em consequência disso, o oralismo foi a técnica preferida na educação dos surdos durante fins do século XIX e grande parte do século XX.
O Congresso durou 3 dias, nos quais foram votadas 8 resoluções, sendo que apenas uma (a terceira) foi aprovada por unanimidade. As resoluções são:
1.                  O uso da língua falada, no ensino e educação dos surdos, deve preferir-se à língua gestual
2.                  O uso da língua gestual em simultâneo com a língua oral, no ensino de surda afeta a fala, a leitura labial e a clareza dos conceitos, pelo que a língua articulada pura deve ser preferida
3.                  Os governos devem tomar medidas para que todos os surdos recebam educação
4.                  O método mais apropriado para os surdos se apropriarem da fala é o método intuitivo (primeiro a fala depois a escrita), a gramática deve ser ensinada através de exemplos práticos, com a maior clareza possível, devem ser facultados aos surdos livros com palavras e formas de linguagem conhecidas pelo surdo
5.                  Os educadores de surdos, do método oralista, devem aplicar-se na elaboração de obras específicas desta matéria
6.                  Os surdos, depois de terminado o seu ensino oralista, não esqueceram o conhecimento adquirido, devendo, por isso, usar a língua oral na conversação com pessoas falantes, já que a fala se desenvolve com a prática
7.                  A idade mais favorável para admitir uma criança surda na escola é entre os 8-10 anos, sendo que a criança deve permanecer na escola um mínimo de 7-8 anos, nenhum educador de surdos deve ter mais de 10 alunos em simultâneo
8.                  Com o objectivo de se implementar, com urgência, o método oralista, deviam ser reunidas as crianças surdas recém admitidas nas escolas, onde deveriam ser instruídas através da fala; essas mesmas crianças deveriam estar separadas das crianças mais avançadas, que já haviam recebido educação gestual, a fim de que não fossem contaminadas; os alunos antigos também deveriam ser ensinados segundo este novo sistema oral.
Uma década depois do Congresso de Milão, acreditava-se que o ensino da língua gestual quase tinha desaparecido das escolas em toda a Europa, e o oralismo espalhavase para outros continentes.
Segunda Guerra Mundial
Em 1920, antes da chegada dos nazistas ao poder, surgiu nos EUA e na Alemanha um movimento da comunidade médica, com apoio das sociedades em questão, em prol da esterilização de doentes mentais e psicopatas criminosos (na Alemanha este movimento ficou conhecido como higiene racial). Em 1933, com a chegada dos nazistas ao poder, este movimento teve suporte político. Nesse mesmo ano, na Alemanha, foi aprovada uma lei para esterilizar as pessoas que possuíam doenças genéticas transmissíveis, incluindo a surdez.
Na época, Berlim continha cerca de vinte e cinco comunidades de surdos.
Em Junho de 1933, o jornal alemão mencionou o primeiro surdo a pertencer às S.A. e uma unidade militar composta dos surdos, um ano mais tarde, esta unidade foi dissolvida, sob pretexto de que o grupo não reunia o perfil da imagem do nazismo ideal.
Entretanto, os surdos começaram a perder os seus direitos:
              os programas recreativos para surdos foram extintos
              crianças surdas foram expulsas das escolas e denunciadas às autoridades
              gradualmente, as escolas de surdos foram encerradas e convertidas em hospitais militares.
Dados comprovam que, em 1937, 95% das crianças surdas pertenciam à juventude hitleriana, tendo a letra G (em alemão, inicial de gehoerlosan) marcada no ombro do casaco.
Posteriormente, assim que começou a guerra, a Alemanha passou da esterilização para a eutanásia, tanto por razões económicas, como por razões ideológicas. Em 1941, era comum o uso de eutanásia nos hospitais, onde eram mortos bebés com deficiência, incluindo surdos. Posteriormente, tornou-se comum a prática do aborto, que era aplicada quando se suspeitava que os fetos poderiam ter deficiências congénitas, ou qualquer tipo de doença, como no caso da surdez.
Poucos surdos escaparam, sobrevivendo em guetos e nos campos de concentração na Alemanha, Polónia e Hungria.
História da Educação de Surdos
No Brasil
No passado, os surdos eram considerados incapazes de serem ensinados, por isso eles não frequentavam escolas.
As pessoas surdas, principalmente as que não falavam, eram excluídas da sociedade, sendo proibidas de casar, possuir ou herdar bens e viver como as demais pessoas.
No final do século XV, não havia escolas especializadas para surdos; pessoas ouvintes tentaram ensinar aos surdos, surge Giralamo Cardamo, um italiano que utilizava sinais e linguagem escrita; posteriormente Pedro Ponce de Leon, um monge beneditino espanhol que utilizava, além de sinais, treinamento da voz e leitura dos lábios.
1855 – Primeira iniciativa de educação de surdos quando o professor francês surdo Ernest Huet, a convite de D. Pedro II, veio ao Brasil e preparou um programa que consistia em usar o alfabeto manual e a Língua de Sinais da França. 
1857 – No dia 26 de setembro, através da Lei 839, assinada por D. Pedro II, fundou-se o então Instituto Nacional de Educação dos Surdos-Mudos, atualmente Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES) no Rio de Janeiro. Huet foi Diretor do Instituto de Surdos de Paris e do INESM.
1873 – Surge à publicação do mais importante documento encontrado até hoje sobre a Língua Brasileira de Sinais, o “Iconographia dos Signaes dos Surdos-Mudos”, de autoria do aluno surdo Flausino José da Gama, ex-aluno do INSM com ilustrações de sinais separados por categorias (animais, objetos, etc). Esta linguagem não é mais usada atualmente.
1913 – Em 24 de Maio, é fundada por João Brasil Silvado Jr. a Associação Brasileira dos Surdos-mudos (ABSM), cuja cultura obteve um grande desenvolvimento. 1911 - O Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) passou a seguir a tendência mundial, utilizando o oralismo puro.
1930 a 1947 – Dr. Armando Paiva Lacerda ex-diretor do INES. Exige que os alunos não usem a Língua de Sinais: podendo apenas utilizar o alfabeto manual e um bloco de papel com lápis no bolso para escrever as palavras que quisessem falar.
1950 – Os surdos não conseguem adaptar-se a essa imposição do oralismo e continuam a usar a Língua de Sinais e o alfabeto manual. Os professores e inspetores burlam as ordens na comunicação com os alunos surdos.
1957 - Proibida totalmente a utilização da língua de sinais no INES.
Década de 1950 – O poder do método oralista francês cresce em todo o Brasil sob a responsabilidade da Profª. Alpia Couto. 
1975 - Chega ao Brasil a Comunicação Total.
1977 - Criado no Rio de Janeiro a Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes Auditivos, FENEIDA, com diretoria de ouvintes.
1980        - Chega ao Brasil o Bilinguismo, porém de fato em 1990.
1981        - Início das pesquisas sistematizadas sobre a Língua de Sinais no Brasil.
1982        - Lucinda Ferreira Brito inicia seus importantes estudos linguísticos sobre a Língua de Sinais dos índios Urubu-Kaapor da floresta amazônica brasileira, após um mês de convivência com os mesmos, documentando em filme sua experiência. 
1983        - Criação no Brasil da Comissão de Luta pelos Direitos dos Surdos.
1986        - O Centro SUVAG (PE) faz sua opção metodológica pelo Bilinguismo, tornando-se o primeiro lugar no Brasil em que efetivamente esta orientação passou a ser praticada.
1987        - Criação da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS), EM 16/05/87, sob a direção de surdos.
1991 - A LIBRAS é reconhecida oficialmente pelo Governo do Estado de Minas Gerais (lei nº 10.397 de 10/1/91).
1994 - Brito passa a utilizar a abreviação LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que foi criada pela própria comunidade surda para designar a LSCB (Língua de Sinais dos Centros Urbanos Brasileiros).
1994        - Começa a ser exibido na TV Educativa o programa VEJO VOZES
(out/94 a fev/95), usando a Língua de Sinais Brasileira.
1995        - Criado por surdos no Rio de Janeiro o Comitê Pró-Oficialização da Língua de Sinais.
1996        - São iniciadas, no INES, em convênio com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pesquisas que envolvem a implantação da abordagem educacional com Bilinguismo em turmas da pré-escola, sob a coordenação da linguista E. Fernandes.
1998        - TELERJ - do Rio de janeiro, em parceria com a FENEIS, inauguraram a Central de atendimento ao surdo - através do número 1402, o surdo em seu TS, pode se comunicar com o ouvinte em telefone convencional.
1999        - Em março, começam a ser instaladas em todo Brasil teles salas com o Telecurso 2000 legendado.
2000        - Closed Caption, ou legenda oculta. Após três anos de funcionamento no Jornal Nacional ela é disponibilizada aos surdos também nos programas Fantástico, Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal da Globo e programa do Jô.
2000 - TELERJ: Telefone celular para surdos com a opção de SMS.
2002 - É promulgada a lei 10.436 em 24 de abril, reconhecendo a Libras como língua oficial das comunidades surdas do Brasil.
Em 4 de abril de 2002, a lei nº 10. 436 reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como meio legal de comunicação e expressão.
2005                    - O Decreto 5626 em 22 de dezembro veio regulamentar a lei 10436.
2006                    - Exame de Certificação Tradutor Intérprete de Libras – Prolibras, instrutor de Libras e o Curso de Letras-Libras Bacharelado e Licenciatura EaD.
2010 - Promulgada a lei 12.319 em 01 de Setembro, que regulamenta o exercício da profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.
Conclusão
Grandes conquistas, mas...
"Houve grandes conquistas, mas há ainda um longo caminho a ser trilhado"
O vôo da gaivota
"Recuso-me a ser considerada excepcional, deficiente.
Não sou. Sou surda. 
Para mim, a língua de sinais corresponde à minha voz, meus olhos são meus ouvidos. 
Sinceramente nada me falta. 
É a sociedade que me torna excepcional...” Emmanuelle Laborrit


Nenhum comentário:

Postar um comentário