domingo, 29 de novembro de 2015

LITERATURAS SURDAS PARA DRAMATIZAÇAO

LITERATURAS SURDAS PARA DRAMATIZAÇAO

Estou colando aqui 4 histórias da literatura surda adaptadas que postei nestes meses por aqui para voces poderem escolher um e fazer teatrinho com seus alunos.
Literatura Surde 1: "A borboleta surda"
Meta: inclusão de surdos com os ouvintes.
Ninguém prestava atenção na borboleta surda perdida no meio das pessoas.
As pessoas só ficavam estudando para prova de libras.
A borboleta então voou bem longe.
O lugar era cheio de bichinhos falantes...
Ela se escondeu timidamente, pois só sabia falar em língua de sinais.
Mas depois não agüentando de curiosidade, foi se aproximando... Aproximando...
Quando os bichinhos viram a borboleta surda, gritaram:- Que linda, venha!!!
E a borboleta sinalizou e os bichinhos sinalizaram... Também sabemos língua de sinais, venha!
A borboleta surda voou feliz, fazendo um arco-íris no céu.
Literatura Surda 2: "Era uma vez um passarinho surdo!"
Meta: discutir a construção de sua identidade
Era uma vez um passarinho que não sabia o que era...
Então vivia, vivia a sonhar em ser o que não era...
Voando, Sonhava em ser um papagaio porque este tagarelava e todo mundo conversava com ele.
Voando, Sonhava em ser um canário porque este cantava lindo e todos adoravam ouvi-lo.
O passarinho ficava triste porque não conseguia tagarelar que nem o papagaio e nem cantar que nem o canário.
Cansado de viver na sombra... E de sentir incompreendido então voava longe...
Aí então viu um grupo de passarinhos pousados em uma árvore e sinalizou perguntando
- Quem são vocês? E todos sinalizaram: - somos passarinhos surdos!
Então o passarinho entendeu quem ele era: passarinho surdo.
E saiu voando feliz junto com os outros declamando poesias em Língua de Sinais!
Literatura Surda 3: "O Natal Inesquecível do Surdo Sérgio"
Metas: valorizar os amigos / respeitar os idosos / homenagear os idosos surdos.
Era uma vez em um asilo vivia um homem idoso que não tinha família chamado Sérgio, ele costumava olhar o Natal como uma festa sem graça.
Para ele a noite de 24 de dezembro era a mais triste do ano, porque muitas vezes se sentia excluido, pois era surdo e ninguém sabia comunicar-se com ele.
Sérgio era um homem bom, sentindo-se solitário, pois todos seus amigos idosos ouvintes foram comemorar natal com as suas famílias, sentou-se em sua cadeira preferida e começou a ler o livro "As imagens do outro sobre a cultura surda".
Logo foi distraído por movimento na sua janela, percebeu que era alguém jogando bolas de papeis contra o vidro da janela, levantou-se e foi verificar.
Assim que chegou em frente da janela, notou um bando de amigos surdos e ouvintes intérpretes que haviam perdido contato com o tempo.
Muito feliz, abriu a porta, todos entraram e comemoraram junto o Natal contando muitas histórias e piadas surdas!
Além da família, os amigos são como a luz de velas, verdadeiros tesouro!
Literatura Surda 4: "O coelho surdo"
Metas: respeitar as diferenças / ajudar ao próximo / melhorar o auto-estima / aprendizagem de Libras / importância de comunicação.
Era uma vez um coelho surdo, que morava com sua família em uma floresta.
Um dia ele achou muitos ovos ocos e intactos prontos para serem pintados.
O coelho surdo teve a idéia de fazer pinturas lindas em ovos para serem distribuídos às crianças na Páscoa. Todos iam gostar!
Mas era muito trabalho: Quem podia ajudar a colher os frutos de cada cor para fazer tinta?
E depois quem podia ajudar a pintar os ovos para páscoa?
Foi pensando nisso que o coelho surdo encontrou os outros coelhos e perguntou em Libras
- Quem pode me ajudar a colher as frutas para fazer tintas coloridas?
- Nós não entendemos o que você disse, não sabemos Libras! disseram oralmente outros coelhos.
Então, o coelho surdo magoado foi preparar tinta sozinho: colheu as frutas, espremeu-as e fez tintas de cores incríveis!
Chegou a hora de pintar os ovos, o coelho surdo voltou e perguntou em Libras aos outros coelhos:
- Quem pode me ajudar a pintar estes ovos?
Os coelhos perceberam que ele era surdo, fizeram dramatização dizendo que não entenderam.
O coelho surdo espertinho, pensou.... Pensou... e entendeu: - Ah...foi problema de comunicação!
O coelho surdo pegou os ovos e começou a pintar-los e a seguir deu os pincéis aos coelhos curiosos. Todos entenderam e começaram todos juntos a pintar os ovos animados e contentes!
E assim foi, o coelho surdo e seus novos amiguinhos coelhos pintaram todos os ovos, encheram-os de balas e distribuíram às crianças surdas e ouvintes.
Aproveitaram a festa da páscoa para treinarem Libras e todos foram convidados!

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Apostila de cumprimentos e saudações em Libras

Confira a parte 4 das atividades da apostila em libras

TERTÚLIAS DE LIBRAS: Configurações de mãos

Aos amantes e estudantes insaciáveis de LIBRAS.
No texto do link abaixo, diz a respeito sobre as Configurações de mãos.
Onde é apresentado algumas polêmicas comum do mundo da LIBRAS referência a linguística e configurações de mãos.
No link abaixo é respondido algumas questões que geralmente ao buscar na internet não encontramos as respostas, pois as informações geralmente apresentadas são confusas e sem objetividade.
Esse texto é especialmente para você que deseja entender tudo sobre o sistema linguístico da LIBRAS!
Link:
TERTULIASDELIBRAS.BLOGSPOT.COM|POR CARLOS CRISTIAN DE PAULO SILVA

Dia da bandeira


Karina Cristina

Ferramenta pedagógica para trabalhar datilologia.

Natal em libras

Foto de Ateliê Fio Encantado.
Foto de Ateliê Fio Encantado.
Foto de Ateliê Fio Encantado.

Foto de Ateliê Fio Encantado.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Apostila de gramática e Português em Libras


Apostila de Educação em Libras

Apostila de educação em libras . Tem 350 paginas com ilustrações e descrição de sinais e dicionário de cada palavra........Ele é em pdf( enviado por email )... Apostila de Educação em libras.......apostila para profissionais da educação.....em libras... Contendo os sinais de profissionais da educação,administrativos, ensino e pesquisa, locais de ensino, etapas de ensino, disciplinas, cursos,material escolar,acessórios escolares, português, história,matemática,química,física,gramática, educação física, corpo humano,geografia,saúde,artes e musica, comportamento do aluno, comportamento do professor,avaliação... Tudo em libras..

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

JOGO DE CONSTRUÇÃO DE FRASES EM LIBRAS

JOGO DE CONSTRUÇÃO DE FRASES EM LIBRAS
1- imprimir o pdf que está em arquivo desse grupo "jogos de construção de frases em libras.
2- colorir os três dados (verbos, personagens e expressões faciais)
3- o(a) professor(a) joga os três dados para cada aluno, ganha ponto se o aluno conseguir construir frase em libras corretamente.
por exemplo: O Pedro não-estudou! (tres dados: personagem: menino / verbo: estudar/ expressão facial: negativa)
Variação: em vez de dado com personagens, pode-se fazer dado com fotos de cada aluno... Assim poderá construir frases com eles como personagens.
https://www.facebook.com/groups/1467493686865352/1657835811164471

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A Escrita Dos Surdos

 A Escrita Dos Surdos






A escrita, depois da fala é o primeiro meio de comunicação que se aprende. E para quem não fala como os surdos? Em uma época de inclusão social onde a maioria das pessoas não conhece a Língua de Sinais (LIBRAS ? Língua Brasileira de Sinais) que é a língua oficial do surdo, a escrita se torna um importante instrumento de comunicação entre surdos e ouvintes. Mas, como ocorre a aquisição da Língua Majoritária (Língua Portuguesa)? Através de associações entre figuras e seus signos lingüísticos (em Língua de Sinais) e posteriormente é feita a associação dos mesmos com a representação escrita do signo lingüístico.
A escrita de surdos tem um diferencial, pois a produção das pessoas privadas da audição e usuárias da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) pode-se ser comparada com a escrita de estrangeiros, ou seja, de falantes de outra língua.
Na sintática os alunos apresentam dificuldades na estruturação da sentença, geralmente eles entendem o que os outros escrevem, porém não conseguem formular orações adequadas, devido às dificuldades morfológicas e sintáticas, como: concordância verbal e nominal. Difícil é o emprego dos tempos verbais no perfeito e no imperfeito, do subjuntivo; das preposições e dos pronomes oblíquos. 
Com a educação bilíngüe e o reconhecimento da língua de sinais como primeira língua dos surdos. As diretrizes do MEC (2002) indicam que o ensino de português para surdos deva assumir metodologias de segunda língua. Uma compreensão limitada a respeito da linguagem e de sua importância em relação ao processo avaliativo do surdo é também daqueles que ouvem. Assim tanto professores como alunos requerem uma formação diferenciada para lhe dá com as especificidades de tais limitações.
Considerando a hipótese de que a língua de sinais é a língua natural dos surdos, se o surdo for usuário da língua de sinais, a Libras assumirá um caráter mediador e de apoio na aprendizagem do português, uma vez que, para o surdo, aprender a escrever, é também aprender, uma segunda língua. Assim sendo, a língua de sinais pode interferir na escrita do sujeito surdo, quanto ao uso de conectivos, preposições, tempos verbais, concordância nominal e verbal, etc, mas não na sua estrutura textual, pois como observa Koch (1997:20), "na atividade de produção textual, social/individual, alteridade/subjetividade, cognitivo/ discursivo coexistem e condicionam-se mutuamente, sendo responsáveis, em seu conjunto, pela ação dos sujeitos empenhados nos jogos de atuação comunicativa ou sócio-interativa". Desse modo percebemos que o desenvolvimento do sujeito surdo é amparado pela sua característica lingüística.
Então em uma pesquisa para analise do texto de um surdo, pedimos para dissertar sobre "o que você entende sobre futebol". O rapaz Erikson disse: "nós importante e jogo surdos e gosta muito e especial esporte pernambucano união igual mesmo ouve também surdos gosta muito. Comunicado surdos". O moço Felipe disse: "você já apreendido marido? Foi muito difícil, mas enganar você. Motivo dinheiro ou bêbado? Eu já sei claro que sim, eu também graças a Deus, eu fiquei a vontade de ajudar você, eu não brincar nada, falou serio, você é linda sim". Com esta escrita percebemos justamente que não se tem os elementos coesivos que são necessários no português. 
A linguagem sem escrita própria é passageira, menos precisa, depende do momento, do lugar, de quem comunica e da memória. A escrita é a representação de um sistema primário que é, em geral, a fala. As pessoas ouvintes têm facilidade de aprender porque copiam os fonemas. As pessoas surdas que se comunicam por sinais também precisam representar pela escrita a fala própria delas que é viso-espacial. Quando as pessoas conseguem aprender uma escrita que é representação de sua língua natural amadurecem e melhoram todo o seu desenvolvimento cognitivo. 
O sentido da escrita é posto "no prazer de compreender" e de "poder falar sobre" acontecimentos singulares que afetam direta ou indiretamente a vida da pessoa, levando a um movimento constante de articulação entre passagens do texto escrito e de outros discursos (orais ou sinalizados). A escrita precisa ser uma atividade significativa para a criança isso acontece quando as pessoas podem escrever baseadas em sua compreensão da língua de sinais, não necessitando da intermediação da língua oral. O que ocorre também, no ambiente de uma classe de surdos, onde o professor e os colegas se comunicam em língua de sinais, elas efetivamente tentam escrever os sinais quando estimuladas a isso. Então considero que a surdez seja uma diferença, mas que não posa ser excludente do individuo. Assim corrobora "Aquele que aprende a enunciação de outrem não é um ser mudo, privado da palavra, mas ao contrário, um ser cheio de palavras interiores. Toda a sua atividade mental [...] é mediatizada para ele pelo discurso interior e é por aí que se opera a junção com o discurso aprendido do exterior. A palavra vai à palavra." Mikhail Bakhtin 1992
Quando se pensa em escrita, duas perspectivas, dentre várias, interessam nos mais particularmente: aquela que se preocupa com a escrita dentro de um processo sociológico mais amplo e aquela que se preocupa com a escrita sob o ponto de vista do ensino. Em nossa perspectiva, separar esses dois aspectos é encarar a escritura. É nesses dois aspectos que se pode diferenciar, segundo proposta de Kleiman (1995: 16 21), letramento e alfabetização. Esta seria uma das práticas de letramento, de maneira geral de responsabilidade da escola. Aquele tem um sentido mais amplo e se presentifica em diferentes ambientes ? a família, o clube, a igreja e, inclusive, a escola. Quando falamos da união desses dois aspectos, queremos dizer que já não se pode mais "introduzir formalmente sujeitos no mundo da escrita" sem que esse processo esteja mergulhado em uma reflexão sobre o seu impacto social. Assim é que em nosso trabalho queremos assumir tal união.
Fonte: http://sobrelibraseculturasurda.blogspot.com.br/